| 01/08/2006 21h53min
O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), afastou hoje o deputado Fernando Estima (SP) de todas as funções estatutárias e partidárias, até que a Comissão de Ética do partido conclua as investigações sobre o envolvimento do parlamentar na operação de compra superfaturada de ambulâncias por meio de emendas ao Orçamento.
Segundo nota da presidência do partido, se a comissão de ética concluir pelo envolvimento do parlamentar no esquema dos sanguessugas, ele será impedido de disputar a eleição de outubro próximo. Fernando Estima é o único parlamentar do PPS citado como envolvido no esquema sanguessuga e é o primeiro a ser punido politicamente pelo próprio partido. Já a executiva nacional do PSDB decidiu na noite desta terça propor a expulsão de pelo menos um dos cinco parlamentares do partido citados na investigação. Acusado de ter se beneficiado por um depósito da máfia das ambulâncias, o deputado Paulo Feijó (RJ) responderá a processo no Conselho de Ética. Os deputados Helenildo Ribeiro (AL) e Itamar Serpa (RJ) terão 48 horas para prestar esclarecimentos ao partido sobre seu envolvimento no esquema de superfaturamento das ambulâncias. Por falta de provas, os deputado Eduardo Gomes (TO) e João Almeida (BA) foram inocentados pelo PSDB de qualquer culpa. O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) foi nomeado relator do processo de expulsão de Paulo Feijó, que terá dez dias para apresentar sua defesa. Cinco dias depois, deverá ser apresentado o relatório que será submetido à apreciadação do Conselho de Ética. A expectativa do comando tucano é que o veredito do partido saia em no máximo 35 dias, o que deverá impedir Feijó de disputar as eleições deste ano. O PFL reunirá nesta quarta sua executiva nacional para decidir o que fazer com os nove parlamentares do partido notificados pela CPI. A tendência, no entanto, é só tomar qualquer providência depois da divulgação do relatório da comissão, que está previsto para ser apresentado até o próximo dia 10. Mesma posição deve ser adotada pelo PT, que possui dois parlamentares suspeitos. O PTB divulgou nota oficial na qual ressalta que não pactuará com irregularidades cometidas por integrantes da legenda, mas aguardará o julgamento do Supremo Tribunal Federal para tomar providências quanto aos parlamentares investigados pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. Se confirmada a culpa de qualquer um deles, o partido vai optar pela expulsão, mesmo que ele tenha sido reeleito. AGÊNCIA BRASIL E AGÊNCIA O GLOBO