| 31/07/2006 16h01min
Cerca de dois mil simpatizantes do bloco de oposição ao governo egípcio foram às ruas do Cairo hoje para protestar contra o massacre perpetrado ontem por Israel na cidade libanesa de Qana, que deixou 57 civis mortos. As manifestações foram realizadas na Praça Tahrir, a principal da capital, e foi convocada pelo Movimento Egípcio em favor da Mudança, que reúne esquerdistas, liberais, islamitas e laicos da oposição.
Os ativistas, que se dividiram em três grupos depois de as forças de segurança terem tentado dispersá-los, apresentaram cartazes com inscrições contra o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e a "passividade" mostrada pelos regimes de países como Egito, Arábia Saudita e Jordânia frente à ofensiva bélica israelense. Os últimos três países classificaram como "aventura irresponsável e mal calculada" a captura por parte do grupo xiita libanês Hezbollah de dois soldados israelenses, que acabou dando início, no último dia 12, à ofensiva israelense contra o Líbano. "Bush, assassino", diziam alguns cartazes. Em outros, dirigidos a governantes de países árabes, havia inscrições como "Traidores 100%" e "Líderes árabes envergonham o povo islâmico". Os ativistas também gritaram palavras de ordem contra a postura da ONU de não ter condenado o massacre perpetrado em Qana. Em referência ao episódio, os manifestantes exibiram um boneco em um carrinho de bebê, representando as crianças mortas no ataque. AGÊNCIA EFE