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 | 31/07/2006 07h56min

Ministro diz que Israel não aceitará cessar-fogo incondicional

Amir Peretz afirma que governo quer

O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, disse hoje, em uma sessão extraordinária do Parlamento (Knesset), que Israel não aceitará um cessar-fogo imediato se não obedecer a certas condições.

– Como homem de paz, digo a vocês que não se deve proclamar um cessar-fogo imediato sem acordos prévios – disse.

Israel não aceitará o cessar-fogo se o Hezbollah não devolver os dois soldados que seus milicianos seqüestraram no último dia 12 e se o Exército libanês não mobilizar suas tropas no sul do país.

O ministro israelense fez estas declarações no início de uma sessão extraordinária da Knesset para debater a crise no Líbano e em Gaza, no 20º dia de conflito em território libanês. A sessão esteve marcada pelos protestos de deputados da minoria árabe-israelense.

Peretz disse que Israel aceitará o desdobramento de uma força multinacional na região de fronteira, em território libanês, para que possa ser aplicada a resolução 1559 do Conselho de Segurança da ONU, que exige o desarmamento do Hisbolá e que o Governo de Beirute imponha sua autoridade na fronteira de 110 quilômetros com Israel.

– Não há mudanças em nossa posição. As Forças Armadas continuarão suas operações contra o Hisbolá, e posso dizer a vocês que já conseguiram neutralizar sua capacidade para o lançamento de mísseis terra-terra de longo alcance – disse o ministro israelense.

– Esta é uma guerra dolorosa, mas triunfaremos – acrescentou o ministro, interrompido pelos legisladores da minoria árabe, que o chamavam de assassino devido à morte no domingo de pelo menos 57 libaneses em um ataque da Força Aérea na aldeia libanesa de Qana.

– Estamos em uma guerra para defender nossos lares, uma guerra que nos foi imposto, e estamos decididos a vencer –  respondeu o ministro.

No começo de sua mensagem, Peretz, líder do Partido Trabalhista, expressou seu pesar pelos mortos de Qana, e pelas vítimas que o Hezbollah causa em Israel, e nas batalhas no sul do Líbano.

AGÊNCIA EFE
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