| 28/07/2006 14h22min
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, apoiaram hoje o envio rápido de uma força multinacional ao Líbano, para controlar os confrontos entre Israel e a milícia xiita libanesa Hezbollah.
– Essa força deve ajudar a acelerar o envio da ajuda humanitária à população libanesa, facilitar o retorno dos deslocados e apoiar o governo libanês a reafirmar a plena soberania sobre seu território e custodiar suas fronteiras – disse Bush em entrevista coletiva, após reunir-se com o líder britânico na Casa Branca.
O presidente americano, que reiterou sua posição a favor de uma paz duradoura no Oriente Médio, confirmou que a secretária de Estado, Condoleezza Rice, viajará de novo à região amanhã, para tentar convencer os dirigentes israelenses e libaneses de que devem trabalhar por uma paz duradoura e pela estabilidade de ambos os países.
Blair afirmou que a atual situação no Oriente Médio é uma tragédia para o Líbano, para Israel e para toda a região, e acrescentou que a solução passa por três passos fundamentais. Um deles, disse, é a nova visita de Rice à região com um pacote de propostas para que israelenses e libaneses cheguem a um acordo sobre o que é preciso fazer para frear a crise.
Blair disse que o segundo passo é a reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas na próxima segunda-feira, da qual o premiê espera que surja o envio de uma força de estabilização internacional para o território libanês. Em terceiro lugar, o primeiro-ministro do Reino Unido ressaltou a necessidade de contar o quanto antes com uma resolução das Nações Unidas que estabeleça os parâmetros para o fim da violência.
No entanto, Blair disse que nada disso funcionará se não forem tomadas as medidas necessárias para evitar que a crise ocorra de novo. Por isso, tanto ele como o presidente dos EUA se negam a solicitar um cessar-fogo imediato ou precipitado, e insistem em que a solução passa pelo que Bush define como paz duradoura e estabilidade.
Deve-se levar em conta, segundo ambos, que a violência atual inscreve-se em uma situação que afeta toda a região e na qual outros países também jogam um papel muito importante, como a Síria e o Irã.
AGÊNCIA EFE