| 27/07/2006 11h48min
A milícia xiita libanesa Hezbollah está se espalhando por todo o Líbano e a luta israelense contra ela é realizada em todos os lugares possíveis para combate. As afirmações foram feitas hoje pelo subcomandante do comando norte do Exército israelense, general-de-brigada Shuki Shachar.
– O Hezbollah está espalhado por todo o Líbano, por isso, contamos com forças especiais nos pontos onde os foguetes são lançados, as cidades de Bint Jbeil e Maroun al-Ras, ou nas regiões em que escondem munição: Beirute e Tiro – disse o general.
Shachar também afirmou que o Exército procura os principais terroristas, não apenas Hassan Nasrallah, secretário-geral do grupo, mas também Imad Mugniyah, que, até 1991, era o homem mais procurado pelos serviços antiterroristas no mundo todo. Outro que está na mira de Israel é Nabil Kaouk, comandante do Hezbollah em Tiro.
– Nas atuais operações, o processo é destruir todo rastro do Hezbollah. Há forças de engenheiros e de soldados de infantaria, e a luta contra o Hezbollah é realizada em todos os lugares nos quais podemos combatê-lo – disse o militar.
O general disse que as operações pontuais no Líbano não são destinadas a conquistar territórios, mas neutralizar os locais onde os foguetes são lançados. Ele também disse que vários bunkers da guerrilha libanesa foram identificados. Desde que as operações começaram, o Hezbollah lançou 1.485 foguetes, todos eles contra localidades de população civil, segundo o subcomandante. Ele afirmou também que Israel, por outro lado, não tem como alvo a população civil, mas os lugares onde a guerrilha atua.
Sobre o incidente que causou a morte de soldados da ONU, o general disse que a força aérea israelense lançou 460 ataques nos últimos 15 dias, e casos como os de ontem acontecem, mas em nenhum momento o ataque foi proposital. Shachar declarou que, desde o primeiro dia da operação, militantes do Hezbollah se escondem em postos da ONU, e um coronel israelense coordena e informa regularmente às missões das Nações Unidas localizadas na região.
– Não estamos usando toda nossa força, e existem restrições por motivos de segurança – afirmou.
Quanto aos rumores de que haveria soldados iranianos no sul do Líbano, o subcomandante se limitou a comentar que é de domínio público que o Irã apóia o Hezbollah com homens, munição e dinheiro.
AGÊNCIA EFE