Os chefes das tropas israelenses que enfrentam a milícia do Hezbollah no sul do Líbano voltaram a recomendar aos habitantes das aldeias da região que abandonem as suas casas pois em breve haverá um ataque, segundo a rádio pública de Israel. O aviso foi transmitido por uma emissora de rádio e por meio de panfletos.

Os aldeões protestam. Devido ao bloqueio das estradas e às ações militares, eles enfrentam dificuldades para se deslocar rumo ao norte do país.

O chefe de operações do Comando do Norte de Israel, coronel Alon Fridman, confirmou hoje à emissora que o objetivo de suas tropas não é ocupar as localidades libaneses e sim controlar pontos para observar as atividades dos terroristas do Hezbollah.

O Gabinete de Segurança israelense se reunirá esta manhã para ordenar às Forças Armadas uma ampliação das operações terrestres.

O ministro da Justiça israelense, Haim Ramon, disse hoje que seu país recebeu da conferência internacional realizada ontem em Roma a permissão para manter suas operações militares no Líbano, até atingir seus objetivos em relação ao Hezbollah.

O ministro acrescentou que a comunidade internacional deu a Israel sua aprovação, no caso de alguns países de má vontade, no de outros com uma bênção.

A Conferência de Roma sobre o Líbano decidiu ontem trabalhar para conseguir um cessar-fogo, mas que deve ser durável e sustentável, o que Israel interpretou como um apoio à política de erradicação do Hezbollah.