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 | 15/07/2006 09h11min

Candidatos fazem propostas para enfrentar violência

Semana foi marcada por declarações de presidenciáveis

Os candidatos à Presidência da República dedicaram esta semana principalmente a fazer declarações sobre como deveria ser enfrentada a violência, que culminou nos ataques na capital paulista, atribuídos ao grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC).

O candidato Geraldo Alckmin, da coligação Por um Brasil Decente (PSDB/PFL) disse ser contrário à vinculação de recursos para segurança pública pois isso “engessaria” o orçamento. Como propostas para o setor, destacou que é preciso mudar a legislação e endurecer o Código Penal. Segundo ele, o governo federal também precisa combater o tráfico de armas e o narcotráfico atuando nas fronteiras.

Alckmin, ex-governador de São Paulo, disse ter tratado do tema esta semana com seu sucessor no cargo, Cláudio Lembo (PFL).

– O governo de São Paulo está tomando todas as medidas para combater a violência – garantiu.
Alckmin disse que não é contra a ajuda do governo federal para controlar os ataques de violência em São Paulo.

– Não vejo problema com essa ajuda, só que o governo federal está vendendo isso como solução e mandar 200 homens de outros Estados não vai resolver. Se quiser ajudar, tem várias outras formas – afirmou, pedindo mais verbas para o setor.

O pronunciamento de Alckmin foi feito antes do anúncio do ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, de envio de R$ 100 milhões para a segurança pública paulista.

A senadora Heloisa Helena, candidata da Frente de Esquerda (P-Sol/PSTU/PCB) propôs que o governo federal coordene um pacto federativo para encontrar soluções para a segurança pública.

– O problema da segurança pública é muito mais pela covardia do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional, que não aprova o pacote anti-violência – disse, referindo-se ao conjunto de medidas que endurecem as penas de detentos, que está em tramitação na Câmara dos Deputados.

– O problema é gravíssimo e exige soluções rápidas.

Durante o lançamento de sua campanha à reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que não é possível “enfrentar o crime organizado de forma descoordenada”. Por isso, Lula defende a ação conjunta do governo federal com o governo estadual na área da segurança.

– O problema é grave e deve ser enfrentado com a união de todos os entes federados. É hora de seriedade e não de mesquinharia.

AGÊNCIA BRASIL
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