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 | 14/07/2006 15h11min

Termina sem acordo reunião na ONU sobre Oriente Médio

Líbano pediu atuação mais forte do órgão contra ofensiva israelense

Terminou sem acordo uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação no Oriente Médio. O Líbano pediu hoje ao órgão que seja mais atuante para estabelecer um cessar-fogo e pôr fim ao bloqueio aéreo e marítimo imposto ao Líbano por Israel. Os Estados Unidos vetaram uma resolução contrária às ações israelenses na região.

O embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, disse que a ofensiva é legítima porque tem como objetivo destruir instalações terroristas dos Hezbollah. O resultado da sessão foi uma breve declaração à imprensa, na qual os 15 membros do Conselho expressam seu apoio à missão política enviada à região pelo secretário-geral, Kofi Annan, para resolver a crise.

Durante o encontro, o embaixador do Líbano na ONU, Nouhad Mahmoud, qualificou as ações de Israel de "agressões, que violam todas as resoluções, leis e convenções internacionais", e desvinculou o governo de Beirute dos ataques das guerrilhas do Hisbolá. O diplomata libanês afirmou que as ações de israelenses "obstaculizam os esforços para consolidar a democracia, já que menosprezam a soberania do Líbano e as tentativas de exercer a autoridade em todo o território".

O embaixador de Israel, Dan Gillerman, justificou as ações de seu país como respostas aos ataques continuados do Hezbollah. Ele lamentou que os civis libaneses tenham que pagar o preço pela "inação" e "inaptidão" de seu governo.

– A ação de Israel é em resposta à declaração de guerra do Líbano – afirmou.

Gillerman ressaltou que o governo de Beirute perdeu numerosas oportunidades no passado de reabilitar e exercer autoridade em todo o país, depois que Israel se retirou do sul do Líbano em maio de 2000.

– Em seu lugar, deixou que a região do sul do Líbano fosse ocupada pelo terrorismo – assinalou.

Gillerman lembrou que o desarmamento das milícias do Hezbollah é uma obrigação internacional estabelecida na resolução 1559, adotada em setembro de 2004. O embaixador israelense também arremeteu contra a Síria e o Irã, por considerar que esses países estão por trás das ações.

AGÊNCIA EFE
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