| 12/07/2006 18h54min
Os secretários paulistas de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu, e de Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, disseram que os presos começam a se arrepender das destruições causadas nas penitenciárias. O caso mais gritante é o do presídio de Araraquara, onde os detentos estão confinados em um pátio apenas. Os pavilhões da penitenciária foram interditados no dia 16 de junho após as rebeliões.
– Cada dia que passa você começa a perceber que boa parte da massa carcerária começa a entender que foi uma fria. Não foi um bom negócio. Veio a ordem, quebraram os presídios e o que aconteceu é que estão naquelas condições – disse Ferreira Pinto. Já o secretário Saulo de Abreu avalia que a situação prejudica não apenas os presos, mas também a Polícia Civil, já que os distritos ficam superlotados por conta das remoções dos detentos. – Nós temos presos que estão começando a colaborar com a policia, muitos estão ficando contra o movimento. Eles começam a se questionar. Os presos que estão em Araraquara, naquelas condições ruins, devem estar se perguntando se valeu a pena tudo isso. Segundo Abreu, o governo estadual está empenhado em recuperar o Centro Provisório de Detenção (CDP) de Araraquara. O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, disse que a recuperação do centro de detenção de Araraquara custará mais de R$ 13 milhões. O secretário de segurança explicou que a recuperação do Centro de Detenção de Araraquara é particularmente difícil porque os presos teriam destruído todo o local. Ele disse que “o governo não está numa postura vingativa, mesmo em relação aos presídios”, mas ressaltou que as condições de Araraquara são ruins. AGÊNCIA BRASIL