| 12/07/2006 12h14min
Um balanço dos atentados desta madrugada no Estado de São Paulo será divulgado no começo da tarde pela cúpula da segurança pública. De acordo com o Globo Online, os secretários de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, e da Administração Penitenciária, Antônio Ferreira Pinto, apontarão as medidas que estão sendo adotadas para reforçar a segurança.
Durante a manhã, a Polícia Militar fez um balanço parcial dos ataques. Conforme os dados da PM, foram 38 ataques e os alvos foram agências bancárias, um prédio da Prefeitura de São Paulo, a Câmara Municipal do município de Santa Isabel, distritos policiais e postos da Polícia Militar e da Guarda Municipal. A lista divulgada pela PM não incluía as ações contra pelo menos 12 ônibus, incendiados durante a madrugada. Foram confirmadas sete mortes pela Secretaria da Segurança.
Entre as vítimas, estão o soldado Odair José Lorenzoni da Força Tática do 18º Batalhão da PM e sua irmã, mortos a tiros na frente de casa, em Vila Nova Cachoeirinha. Em São Vicente, o filho de um agente penitenciário foi executado na praia do Itararé.
Três vigilantes morreram em Guarujá, no litoral paulista. Um deles trabalhava numa escola e o outro no Instituto Médico Legal da cidade. Segundo a Folha de S. Paulo, por volta das 5h, um grupo matou com um tiro no rosto o vigia da linha férrea, localizado na avenida Thiago Ferreira, em Guarujá.
De acordo com o Globo Online, um policial, da Polícia Científica, também foi baleado em casa e morreu no bairro do Mandaqui. Ainda não há confirmação se a morte de um vigia nesta manhã em Santos na travessia de barcas tem relação com os ataques.
Na capital paulista, um civil foi baleado nesta manhã na Rua Elvira Silva, perto do terminal de ônibus Lauzane Paulista, na zona norte da cidade. Não há informações sobre estado de saúde dele.
A situação caótica em presídios e a prisão de mais um líder do crime organizado em São Paulo podem estar por trás do recrudescimento dos ataques a São Paulo. Por volta das 20h30min desta terça-feira, a polícia prendeu Emivaldo da Silva Santos, de 30 anos, líder do PCC que atuava na região do ABC, Grande São Paulo. Além disso, os presos enfrentam dificuldades nas penitenciárias. Nos supermercados atacados por tiros e bombas incendiárias, os bandidos colaram cartazes contra a opressão nos presídios.