O torcedor não ficou nada satisfeito, mas o vexame diante da Ulbra ao menos serviu para reforçar as convicções do técnico Mano Menezes. O treinador acredita que o Grêmio rende mais quando atua no 4-5-1 e confirmou a utilização do esquema na partida da próxima quarta contra o São Paulo, no Morumbi, pelo Brasileirão.

A decisão do técnico foi tomada logo após a péssima atuação da equipe no amistoso de quinta, quando escalou dois atacantes desde o início da partida e viu seu time acabar goleado por 3 a 0 em pleno Estádio Olímpico. Desse modo, Rômulo voltará para o banco de reservas e Herrera será o único atacante de ofício na primeira partida de retomada do Campeonato Brasileiro.

– Nós desenvolvemos uma maneira de jogar ao longo da temporada e as variações com dois homens na frente não têm produzido bons jogos. Perdemos para o Vasco desta maneira e para a Ulbra no amistoso de ontem. São indícios de que, pelo menos momentaneamente, temos de seguir com a idéia de um atacante mais à frente e outros partindo de trás – justificou o técnico gremista.

O time terá outras mudanças em relação ao que enfrentou a Ulbra. Retornam o lateral-direito Patrício, o zagueiro William, o lateral-esquerdo Welligton e o meia Tcheco, todos recuperados de lesão. A outra mudança será definida só na véspera da partida e diz respeito ao substituto do meia Hugo, que terá de cumprir suspensão. Valdeir, Rudnei e Rafinha disputam a vaga, com ligeira vantagem para o primeiro.

A atitude dos jogadores também deve ser outra. Nesta sexta, o volante Sandro revelou que Mano Menezes foi muito duro com os jogadores após o amistoso contra a Ulbra e exigiu outra postura nas próximas partidas. O técnico confirmou que deu um “puxão de orelhas” nos atletas, mas disse que foi uma cobrança natural.

– Sou um técnico que procuro falar a verdade, pelo menos a que eu enxergo. Todas as cobranças foram para mostrar por que as coisas não funcionaram bem, o tipo de postura que devemos ter e aquilo que não pode acontecer em termos de atitude, mesmo sendo um jogo amistoso. São cobranças naturais que devem partir do treinador, pois ele é quem estabelece o que é bom e o que não é para a equipe – explicou Mano.