| 02/07/2006 17h43min
A Seleção voltará a jogar no dia 16 de agosto: um amistoso com a Noruega, em Oslo. Porém, a equipe deverá ter uma renovação em seu plantel. O próprio técnico Carlos Alberto Parreira deverá deixar o cargo, apesar dele não ter confirmado seu futuro na entrevista coletiva que deu depois do jogo de sábado. Os nomes de Vanderlei Luxemburgo e Paulo Autuori surgem como candidatos para serem o substituto.
– Vamos pensar com calma – disse o treinador, que pensa em seguir carreira em outra área do futebol.
A derrota por 1 a 0 para a França, no sábado, em Frankfurt, representou mais do que a eliminação do Brasil nas quartas-de-final da Copa da Alemanha. É o fim de uma geração de jogadores que defendeu a Seleção nos últimos anos e não estará no grupo que vai disputar o próximo Mundial, em 2010, na África do Sul.
O caso mais emblemático é o do capitão Cafu. Aos 36 anos, o lateral-direito disputou a quarta Copa de sua carreira e bateu alguns recordes pessoais com a camisa do Brasil. Apesar dele ter dito depois do jogo com a França que continua "à disposição da Seleção", sua saída do grupo é certa.
Outro veterano que deixa o grupo depois da Copa de 2006 é Roberto Carlos. Seu primeiro Mundial com a camisa da seleção foi em 98. Desde então, foi o dono da lateral esquerda. Mas, aos 33 anos, vê o fim do seu ciclo. Ronaldo, mesmo aos 29 anos, também não deve disputar mais um Mundial – seria o quinto de sua carreira.
O goleiro Dida é outro símbolo dessa geração que dificilmente chega ao Mundial de 2010. Foi um dos destaques do time na Alemanha, mas está com 32 anos e deve dar lugar a um jovem. Jogadores como o goleiro Rogério Ceni, os zagueiros Lúcio e Cris, o lateral Gilberto, os meias Ricardinho e Juninho Pernambucano e os volantes Zé Roberto, Mineiro, Gilberto Silva e Emerson provavelmente não terão a chance de disputar outra Copa, já que estão todos na faixa dos 30 anos.
Enquanto uma geração chega ao fim, outra começa a ocupar seu espaço. Kaká e Ronaldinho Gaúcho ainda têm idade e disposição para comandarem a seleção em mais uma Copa. Junto com eles aparecem jogadores que já ganharam uma chance de Parreira em 2006. Esse é o caso de Júlio César, Juan, Luisão, Robinho, Fred, Cicinho e Adriano, que podem formar a base do novo time brasileiro.
A renovação do grupo é natural depois da eliminação na Copa. Mas, apesar da derrota para a França no sábado, a geração que deixa a seleção brasileira agora tem um balanço positivo. Alguns começaram como coadjuvantes no título de 94, passaram pelo vice em 98 e foram campeões mundiais com todos os méritos em 2002.
Agência Estado