| 29/06/2006 11h41min
Uma comissão especial do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) constatou que houve excesso na atuação da polícia paulista e também casos de execução em São Paulo entre os dias 12 e 20 de maio. O relatório sobre o caso está sendo apresentado na manhã de hoje no CDDPH.
De acordo com a professora de Direito Constitucional e integrante da comissão especial, Flávia Piovesan, os dados repassados pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) de São Paulo mostram que, no período analisado, houve 492 mortes por armas de fogo. O número de balas encontradas em cada cadáver foi de 13 a 14, sendo que a média é de 4 a 7. – O que se observou pela análise do CRM tendo por amostragem 132 casos é que os tiros teriam, sobretudo, alcançado nuca, cabeças e costas, o que aponta a ocorrência de extermínio – disse Flávia. Para a professora, a maior dificuldade no caso será a polícia investigar a própria polícia: O grande desafio é que a materialidade dos crimes está caracterizada e a dificuldade agora é descobrir a autoria. AGÊNCIA BRASIL