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 | 09/06/2006 16h24min

Irã deve ser alvo de manifestações no Mundial

Protestos pró e contra o presidente do país deixam autoridades em alerta

Nesta Copa da Alemanha, uma seleção terá adversários difíceis fora dos gramados também. Por conta de declarações de seu presidente, os jogadores do Irã terão que lidar com manifestações quando entrarem em campo. Além da política nuclear do país ser polêmica, Mahmoud Ahmadinejad declarou que o Holocausto não ocorreu. Por conta disso, autoridades alemãs chegaram a pedir a exclusão da equipe da Copa, mas a idéia foi vetada pela Fifa. 

Os atletas já se pronunciaram alheios às disputas políticas:

– Não falamos desse assunto. Às vezes, fazemos brincadeiras a respeito do tema, mas temos claro que esse é um assunto para os políticos e que não nos compete interferir – disse o meio-campo Ferydoon Zandi, que joga na equipe alemã do Kaiserslautern.

Pelo menos uma manifestação neonazista pró-Ahmadinejad já está prevista: no dia 21 de junho, no jogo Irã e Angola em Leipzig. A Internet vem sendo a ferramenta de organização dessas facções, que ameaçam praticar atentados durante a competição, principalmente contra as seleções africanas – especialmente a Tunísia.

O chefe da polícia alemã, Konrad Freiberg, pediu ajuda às autoridades judiciais para coibir a ação desses extremistas durante o Mundial. Policiais fardados e à paisana estarão nos arredores dos estádios antes, durante e após as partidas. Há a preocupação de que a extrema direita transforme o Mundial em plataforma de propaganda.

Do lado oposto, também devem ocorrer protestos. A comunidade judaica na Alemanha já anunciou manifestações contra Ahmadinejad nas cidades onde jogará a seleção iraniana, independentemente de sua vinda ou não, em protesto por suas declarações contra Israel. Até agora, o presidente asiático confirmou presença na partida contra o México, no próximo domingo, em Nuremberg.

O diretor da polícia da cidade, Gerhard Hauptmannl, afirmou que as autoridades atuarão mesmo com o "risco abstrato de ataque". Mas avisou que o presidente do Irã receberá a mesma hospitalidade que qualquer convidado especial.

AGÊNCIA EFE E CLICRBS
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