| 08/06/2006 14h09min
Os governadores de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), do Rio Grande do sul, Germano Rigoto (PMDB), e de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira (PMDB) acreditam que a nova interpretação das regras da verticalização eleitoral, feitas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não se sustentará voltando as normas que estão sendo praticadas pelos partidos.
– Esta interpretação criou muita turbulência e não tem lógica mudar as regras do jogo às vésperas do pleito. Todos perdem porque cria tumulto – disse governador Rigotto.
Apesar de acreditar que a medida será revista pelo presidente do TSE, o governador gaúcho afirma que, se for mantida, prevalecerá a tese, que defende, da candidatura própria do PMDB.
– Não somos contra a verticalização e essa mudança deveria ser natural com a reforma política mas, infelizmente, ninguém quis colocá-la em prática – disse.
Concordando com seu colega do Rio Grande do Sul, o governador catarinense confirmou ser defensor da candidatura própria, mas ressalvou que não acredita na sustentação da nova interpretação do TSE porque os partidos já estavam com suas coligações praticamente fechadas.
– Isso vai mudar, não se sustenta. É uma confusão que vem em um momento inoportuno. Não é possível que se mudem as regras faltando três ou quatro dias para o prazo que os partidos têm para definir suas alianças – disse Eduardo Pinho Moreira.
Para Germano Rigotto, se essa regra for mantida, todos os partidos saem perdendo.
Na próxima segunda, em Brasília, o PMDB reunirá seus governadores, a executiva nacional e os candidatos a governador que disputarão essas eleições para definir o rumo que o partido vai tomar.
Para o governador de São Paulo, a nova interpretação da verticalização anunciada pelo ministro Marco Aurélio Mello não deverá se sustentar mas, mesmo que seja mantida, não deverá atrapalhar a aliança entre pefelistas e tucanos.
– Houve uma violação no sistema federativo e na maneira como os
partidos interagem nos estados. Mas, em qualquer hipótese, o PFL e o PSDB caminharão unidos nessas eleições – disse Lembo.