| 16/05/2006 00h49min
A metade dos ônibus da frota de transporte coletivo urbano de São Paulo, Capital, deverá ficar na garagem nesta terça. Policiais militares devem escoltar os coletivos. A medida é uma tentativa de inibir ataques como os que ocorreram desde domingo no Estado – foram pelo menos 51 ônibus incendiados na Capital (a maioria na Zona Sul) e 37 em outros municípios. O rodízio de veículos, que ocorre na cidade, foi suspenso nesta terça. Os paulistanos devem enfrentar um novo dia de congestionamento e de dificuldades para se deslocarem entre casa e trabalho.
Nesta segunda, a seqüência de ataques orquestrada por criminosos provocou, além de violência, uma onda de boatos que culminou em uma espécie de toque de recolher. Várias cidades, inclusive a Capital, tiveram comércios, empresas e escolas fechados ainda à tarde. Por volta de 16h, São Paulo viveu um congestionamento de 200 quilômetros, marca atingida em dias de inundações na cidade.
As rebeliões foram debeladas em todas as penitenciárias. O governo chegou a contabilizar 73 motins, mas por volta das 20h desta segunda, anunciou que as duas últimas rebeliões haviam sido controladas no Estado. Garantindo que não negociará com os criminosos e que a situação está sob controle, o governador paulista, Cláudio Lembo, voltou a recusar ajuda do governo federal. O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, viajou a São Paulo especialmente para conversar com o governador, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Até agora, o saldo de mortes oficial é de 81, vítimas de 184 ataques.
RÁDIO GAÚCHA