| 10/05/2006 12h25min
Em depoimento na CPI dos Bingos, o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira declarou que não sabia dizer quais as empresas faziam parte do pool de companhias que era coordenado por Marcos Valério, como publicado no jornal O Globo. Conforme a entrevista dada a jornalista Soraya Aggege, Pereira disseque as empresas estavam empenhadas em ganhar contratos com o governo.
Ao ser indagado por Garibaldi Alves (PMDB-RN) se sofria de amnésia, o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira declarou que não responderia a esse tipo de pergunta a partir daquele momento.
Ele declarou ainda que não leu a matéria do jornal O Globo e que não assitiu a nenhum noticiário após o episódio.
– Eu não sei mais o que é verdadeiro do que eu falei – declarou.
Pereira falou ainda que só lembrava de parte de suas oito horas de conversas com a repórter.
– Não sei se eu me arrependi ou não (da entrevista) – avaliou Silvio Pereira.
O ex-secretário-geral do PT acrescentou ainda que poderia parecer inverossímil, mas era a verdade, o tesoureiro cuidava de tudo, fazendo referência a Delúbio Soares.
O ex-secretário-geral do PT disse ainda achar que não conhece Ralph Barquete, secretário de finanças no segundo mandato de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto, e que teve pouco contato com Rogério Buratti, ex-assessor de Palocci. Sobre as várias ligações telefônicas registradas entre os celulares do depoente e de Buratti, segundo um relatório em posse dos membros da CPI, Silvio Pereira disse que ficava pouco com o celular.
Silvio Pereira disse que trabalhou com Buratti no PT. O depoente afirmou acreditar que os dois se encontraram num corredor de hotel em 2003, teriam trocado telefones, marcaram uma reunião e possivelmente se encontraram.
– Depois disso eu nunca mais encontrei com o Buratti – disse, sempre reticente.
Segundo Buratti, o suposto superfaturamento possibilitou que a empresa Leão & Leão pagasse propina de R$ 50 mil mensais aos prefeitos.
– Acho que eu não o conheço – disse, sobre Barquete, em resposta ao senador Garibaldi Alves.
AGÊNCIA O GLOBO