| 03/05/2006 23h45min
Inter empatou sem gols nesta quarta com o Nacional e garantiu vaga nas quartas-de-final da Libertadores. No jogo de ida, no Uruguai, o Colorado venceu por 2 a 1, vantagem que soube administrar em casa para se classificar diante dos mais de 30 mil torcedores que estavam no Beira-Rio, apesar do frio que fez em Porto Alegre.
Antes da bola rolar, o Inter, que poderia até perder por 1 a 0, pregava respeito ao adversário. Jogando com o regulamento embaixo do braço, o time de Abel Braga esperou o Nacional sair para o ataque. Segurou o empate sem gols, porém escapou de levar dois, anulados pelo árbitro em lanças polêmicos.
Na etapa inicial, o Colorado levou um calor. Não fossem as grandes jogadas dos alas Elder Granja e Jorge Wagner, que culminavam em chutes perigosos, o Nacional teria o comando absoluto. Até teve um gol anulado, logo aos cinco minutos. Depois da cobrança de falta, a bola cruzada na área chegou na cabeça de Vanzini, que a mandou para dentro do gol, mas o árbitro invalidou, alegando impedimento do capitão. As imagens da transmissão da TV, no entanto, mostram que o gol foi legal.
Com Jorge Wagner e Alex em campo, o Inter também apostou nas bolas paradas. Mas nem isso funcionou. Do lado do Nacional, Suárez levou perigo através de bolas na área, cobrando faltas e escanteios.
Entre os lances colorados, destaque para duas jogadas de Elder Granja: uma aos 12 minutos de jogo, quando o lateral-direito driblou dois adversários, com direito a janelinha e tudo, que acabou em um chute em cima do goleiro Bava. A outra, aos 36, após receber a bola no meio, na frente do gol e mandar uma bomba de fora da área, que saiu alta demais.
Logo no início do segundo tempo, o outro lance polêmico. Albín levantou a bola na área, Clemer pegou e largou, Suárez mandou a bola para o fundo das redes. Porém o árbitro, novamente, invalidou o gol, desta vez alegando falta sobre o goleiro colorado.
O ingresso de Iarley, aos 14 minutos, deu sangue novo ao time colorado. Ativou a movimentação pelo meio e causou correria na zaga do Nacional. Nada, no entanto, comparado à pressão dos atacantes uruguaios.
Aos 30, é Jorge Wagner quem arranca suspiros da torcida, com um belo chute de fora da área, da esquerda, obrigando o goleiro Bava a fazer uma grande defesa.
Quatro minutos depois, o arqueiro uruguaio se destacou novamente, se antecipando a uma bola que ia sobrando para Adriano, na área, acabando com uma grande chance colorada.
Já no finalzinho, com a vaga garantida, um torcedor extrapolou a alegria e invadiu o campo para abraçar os atletas. Levou uma grande vaia dos mais de 30 mil colorados que estavam no Beira-Rio, além da reprovação dos jogadores e dirigentes. Isso porque, possivelmente, o incidente será relatado na súmula do árbitro Carlos Torres, colocando o Inter em risco de perder um mando de campo.
Classificado às quartas-de-final, o Inter agora pensa na LDU, do Equador, considerado pelo próprio técnico Abel Braga o time de melhor futebol da Libertadores até aqui. A partida deverá ocorrer na próxima quarta, no Estádio La casa Blanca, em Quito, quando o time da casa deverá colocar oito titulares da seleção equatoriana em campo.
Pelo lado do Inter, a boa notícia deve ficar por conta da volta de Rafael Sobis. Tinga, no entanto, ainda depende da evolução no tratamento da lesão muscular.
MARIANE HAHN