| 21/04/2006 19h33min
Familiares e fãs de Telê Santana começam a chegar no início da noite desta sexta ao Cemitério Parque da Colina, na região oeste de Belo Horizonte, para o velório do ex-treinador, bicampeão mundial de clubes em 92 e 93, no comando do São Paulo.
Um dos primeiros a chegar foi o ex-atacante Dario, campeão brasileiro com o ex-treinador no Atlético Mineiro, em 1971. Para o ex-jogador, a morte de Telê representou a perda de uma pai.
– O Telê foi um pai para mim. Na concentração, na época do Atlético, eu dividia o quarto com ele e isso deixava os companheiros da equipe com ciúmes. Mas tudo o que eu aprendi no futebol foi com Telê – afirmou.
Para o filho de Telê, o também treinador Renê Santana, assim como para Dario, o ex-treinador pode ser considerado um pai para toda uma geração de jogadores do futebol brasileiro.
– Certamente quem se inspirou na vida de Telê se transformou, acima de tudo, em um homem de caráter. Afinal, ele sempre primou pelas coisas justas da vida. Para mim, esse foi o seu maior legado – declarou Renê.
Companheiro de trabalho do ex-treinador no Atlético Mineiro em 1975 e na Seleção Brasileira nas Copas de 82 e 86, o médico Neylor Lasmar lembrou a personalidade forte do amigo. Segundo Lasmar, Telê sempre soube impor sua liderança sem deixar de lado o afeto fraternal com os comandados.
– O Telê tinha uma personalidade muito forte, mas nem por isso deixava de lado a ternura. Ele foi assim até nos momentos mais agudos da doença – afirmou o médico.
GAZETA PRESS