| 20/04/2006 16h40min
O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), entrou com representação na Comissão de Ética Pública do governo federal contra o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. O pefelista alega que Bastos ofendeu o artigo 3º do código de conduta da administração federal ao indicar um advogado para um ministro que seria posteriormente indiciado pelo crime de violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
Rodrigo Maia argumenta que uma autoridade que chefia a Polícia Federal não poderia, por conflito de interesse, prestar auxílio técnico a agentes públicos diretamente envolvidos num crime que estava sendo investigado.
– Na minha opinião, o ministro mostrou que deixou pontes com a iniciativa privada. Em seu depoimento, ele disse que queimou essas pontes, mas ele indicou um advogado para o ministro da Fazenda. Para mim, ele sabia desde o dia 15 da violação do sigilo bancário do caseiro – disse Rodrigo Maia.
A sessão de depoimento de Thomaz Bastos foi interrompida por cinco minutos.
AGÊNCIA O GLOBO