| 20/04/2006 13h20min
Em depoimento na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, declarou ter orgulho de ser integrar o governo Lula e descartou que pedirá demissão. Ele negou que o ex-ministro Antonio Palocci tenha dito a ele que quebrou o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa nos encontros que os dois mantiveram.
Bastos declarou que o Secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, seu auxiliar, e o assessor Cláudio Alencar não pediram autorização para se encontrar com Antonio Palocci.
– Eles foram chamados de uma maneira legítima. Não foi nenhuma reunião criminosa – esclareceu.
No encontro de seu assessor com o ministro da Fazenda, Bastos afirmou que Palocci pediu que a Polícia Federal investigasse um suposto recebimento de dinheiro por parte do caseiro. O ministro disse que a investigação não foi feita apesar da solicitação.
– Não havia a mínima base legal para a Polícia
Federal investigar o caseiro – acrescentou.
Questionado pelo deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) sobre a investigação da movimentação financeira do caseiro Francenildo Costa, o ministro disse que o foco do inquérito instaurado pela Polícia Federal foi a quebra do sigilo bancário. O relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras sobre a movimentação financeira do caseiro foi apenas anexado a esse inquérito, encerrado ontem. Ele reiterou que determinou a abertura de inquérito já no domingo da publicação da revista Época com a reportagem sobre o caseiro.