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 | 20/04/2006 10h37min

Bastos nega que tenha maculado o seu mandato

Ministro diz que Polícia Federal é independente

Usando bem menos do que os 40 minutos que lhe eram de direito, o ministro Márcio Thomaz Bastos foi enfático ao negar que tenha cometido alguma irregularidade na apuração da quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa.

– Quem está aqui é um ministro da Justiça que não maculou o seu mandato. Todo o meu trabalho pautou-se pelos limites da lei – declarou na reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Ele declarou ainda que pediu uma investigação rápida acompanha pelo Ministério Público passo a passo. Segundo ele, a apuração ocorreu em um tempo recorde.

– A investigação desvendou a cadeia que houve de fatos que levaram à quebra do sigilo e à divulgação da quebra do sigilo – acrescentou. 

Bastos teve a oportunidade de fazer sua exposição sem ser interrompido pelos parlamentares. Ele foi espontaneamente ao local para falar sobre a denúncia da revista Veja de que teria participado de operação montada pelo ex-ministro Antonio Palocci para acobertar a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Bastos declarou que ao entrar no ministério lutou por uma Polícia Federal independente, isenta de influências políticas, que investiga quem quer que seja, sem proteger ninguém.

– Acredito que isso foi alcançado – disse.

Bastos declarou que a princípio hesitou em aceitar o convite do presidente Lula de dirigir o Ministério da Justiça.

– Eu hesitava em abandonar uma vida privada e uma família em São Paulo para me aventurar na grande tarefa de trabalhar no Ministério da Justiça – relatou.

No começo de sua fala, o ministro começou a contar a sua trajetória profissional. Na largada, já fez elogios ao Congresso.

– Eu tenho o respeito supersticioso de que falava Ruy Barbosa. Aqui na Câmara que se realiza o milagre da democracia representativa no concreto de seu dia a dia – disse.

Após a exposição, os parlamentares terão três minutos para fazer perguntas ao ministro, com direito à réplica e tréplica.

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