| 08/04/2006 15h57min
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, teria sido cúmplice de Antonio Palocci no caso da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. De acordo com a revista Veja, além de ter orientado dois assessores para investigar as contas de Francenildo da Costa, o ministro teria participado de uma reunião que sugeriu o pagamento de R$ 1 milhão para um funcionário da Caixa assumir a responsabilidade.
A revista ainda afirma que os assessores Daniel Goldberg e Cláudio Alencar, do ministro da Justiça, estavam presentes na casa de Palocci no dia em que o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso lhe entregou o extrato bancário do caserio.
Além disso, Thomaz Bastos esteve na residência de Palocci na tarde de 23 de março para discutir uma maneira de encobrir a história da quebra de sigilo. Nesta reunião, também estavam na casa Jorge Mattoso e o advogado criminalista Arnaldo Malheiros Filho, que foi convocado pelo próprio ministro.
Na reunião, os quatro teriam discutido a possibilidade de pagar R$ 1 milhão para um funcionário de baixo escalão da Caixa assumir a responsabilidade de quebra do sigilo de Francenildo. Se tivessem conseguido, tanto Mattoso quanto Palocci poderiam ter mantido os seus cargos.
O ministro da Justiça declarou à Veja que esteve presente na reunião, em 23 de janeiro. Porém, ele afirmou que Arnaldo Malheiros Filho fez uma exposição teórica sobre o crime de violação de sigilo bancário, e que nenhum outro assunto teria sido discutido.