O relatório final da CPI dos Correios, elaborado pelo deputado Osmar Serraglio, foi aprovado. O documento recebeu 17 votos a favor, e quatro integrantes da CPI votaram contra. Este número não inclui os votos dos parlamentares do PMDB. Somente após a divulgação do resultado pelo presidente da Comissão, senador Delcidio Amaral (PT-MT), o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) anunciou que o partido apoiava o relatório. Delcidio encerrou a sessão logo depois da votação.

Delcidio não permitiu que deputados e senadores utilizassem o artifício de questão de ordem para se pronunciar. O deputado Jorge Bittar (PT-RJ) protestou porque não haviam sido distribuídas cópias das alterações acatadas pelo relator.

Serraglio havia anunciando antes da votação as modificações propostas nos diversos votos em separado que acataria no seu relatório. Várias sugestões dos deputados e senadores foram aceitas. O relator afirmou que as modificações são somente técnicas e que a essência do texto continua a mesma.

O relator incorporou 35 modificações ao documento. Algumas pessoas tiveram seus nomes retirados da lista daqueles cujo indiciamento seria pedido, como Márcio Lacerda, Edson Machado Monteiro e José Adelar Nunes, este último por já ter falecido. Também foi retirado o indiciamento de Cássio Casseb, ex-presidente do Banco do Brasil, em virtude da pena de advocacia administrativa atribuída a ele estar prescrita. O relator também alterou a redação sobre a Visanet para deixar claro que as irregularidades foram cometidas pela Diretoria de Marketing do Banco do Brasil, e não por aquela empresa.

A votação foi iniciada enquanto os parlamentares discutiam. A sessão foi tumultuada, e os mais insatisfeitos eram os parlamentares ligados à oposição. Os votos dos deputados Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) a favor do relatório foram bastante comemorados pela oposição.