| 28/03/2006 15h19min
O ex-militante do PT Paulo de Tarso Venceslau disse hoje que a ausência Paulo Okamotto na acareação marcada pela CPI dos Bingos é de interesse do governo. Okamotto é presidente do Serviços de Apoio à Micro e Pequena Empresas (Sebrae).
– Foi uma decisão do governo. Tenho certeza de que se quebrar o sigilo do Okamotto vão aparecer coisas que envolvem o presidente Lula. Ele cuidava das contas pessoais de Lula – acusou Venceslau.
Os parlamentares da CPI devem enviar hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF) explicações sobre os motivos para a acareação entre Paulo Okamotto e Paulo de Tarso Venceslau. O ministro Eros Grau, Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar parcialmente favorável ao presidente do Sebrae. Ele argumentou que o objetivo do requerimento da comissão era promover a acareação, mas o ato convocatório solicitava a presença de Okamotto para prestar depoimento, sem mencionar a acareação.
Paulo de Tarso Venceslau denunciou em 1997 supostas irregularidades envolvendo a empresa Consultoria Para Empresas e Municípios (CPEM) e municípios administrados pelo PT. Okamotto foi apontado como o articulador do esquema ilícito de arrecadação para o partido. O presidente do Sebrae tinha procuração do presidente para gerir suas finanças pessoais durante o período da posse.
Ele afirma ter pagado, nessa época, uma dívida de Lula com o PT de R$ 29,4 mil, relativos a despesas com viagens custeadas pelo partido. No entanto, em depoimento à CPI, Okamotto alegou que se sentiu constrangido de cobrar a dívida do presidente.
AGÊNCIA BRASIL