| 18/01/2006 17h24min
O cenário externo negativo e a expectativa pela definição dos juros no Brasil levaram o dólar a fechar em alta pelo segundo dia seguido. A moeda americana fechou em alta de 0,48%, cotada por R$ 2,321 na compra e R$ 2,323 na venda. No pior momento do dia, a cotação chegou a subir 1,12%, mas perdeu fôlego. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também foi afetada pela cena internacional e caía 0,80% às 17h.
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acabou por ficar em segundo plano, já que os mercados acordaram estressados com o cenário externo turbulento. A alta do petróleo e os resultados corporativos ruins nos Estados Unidos se somaram ao escândalo da Livedoor, empresa japonesa de internet acusada de fraudes. A bolsa de Tóquio teve de encerrar os negócios antecipadamente, por ter excedido sua capacidade técnica de lidar com as excessivas ordens de venda.
A piora do cenário externo e principalmente o aumento da inflação em janeiro levaram os juros futuros a fechar em alta. No dia da definição da Selic, as apostas em um corte de 0,75 na taxa diminuíram. Na média, as apostas feitas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) projetaram um corte de 0,57 ponto na taxa básica. Na média de terça, o corte projetado havia ficado em 0,61 ponto.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou pela manhã que a inflação media pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu de 0,06% em dezembro para 0,84% em janeiro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no município de São Paulo subiu 0,59% na segunda quadrissemana do mês, após apontar alta de 0,46% na prévia anterior.
O Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro fechou com taxa de 16,25% ao ano, contra 16,21% do fechamento de terça. O DI de janeiro de 2007 teve a taxa elevada de 15,99% para 16,02% anuais. A taxa de abril do ano que vem subiu de 15,78% para 15,82% anuais. A taxa Selic está hoje em 18% ao ano e o Comitê de Política Monetária (Copom) divulga seu novo percentual no início da noite.
AGÊNCIA O GLOBO