O mercado financeiro mantém os resultados negativos nesta tarde de quarta, tendo como principal referência o cenário internacional. Às 14h53min, o Índice Bovespa tinha 35.655 pontos, com queda de 1,28%. O dólar à vista subia 0,69% e era negociado por R$ 2,326 na compra e R$ 2,328 na venda.

O dia é turbulento no mercado externo, com investidores atentos a questões como alta do petróleo, resultados negativos de empresas americanas e volatilidade no mercado acionário japonês. Na busca por um posicionamento mais seguro no mercado internacional, investidores estrangeiros preferem realizar lucros nas economias emergentes e migrar para os títulos americanos.

Por conta desse movimento de "fly to quality", os títulos do Tesouro norte-americano se valorizam e os papéis brasileiros têm perdas. O Global 40, principal título brasileiro, tem baixa de 0,19%, cotado a 130 do seu valor de face. O risco-país subia 3 pontos, para 294 pontos centesimais.

O dólar acelerou o ritmo de alta com a divulgação do resultado do leilão de contratos de swap reverso do Banco Central. Foram vendidos 8.530 contratos, dos 8.800 ofertados. A operação correspondeu a US$ 402 milhões.

A principal expectativa do dia é com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que se encerra no início da noite, com a divulgação da nova taxa Selic. A maior parte dos analistas continua a apostar em um corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica, que cairia para 17,25% ao ano. Mas a aceleração da inflação do IPC-Fipe e do IGP-10 de janeiro não foi bem recebida. No mercado futuro de juros, as projeções da Selic operam em alta.

Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores quedas são de Tim Participações PN (-4,08%) e Cemig ON (-3,29%). As altas mais significativas do índice são de Telemig Participações PN (+2,80%) e Braskem PNA (+2,31%).

AGÊNCIA O GLOBO