| 16/01/2006 12h41min
O Congresso volta nesta segunda ao trabalho, em sessões no plenário, com o desafio de reduzir o desgaste de um mês de férias remuneradas ao custo de quase R$ 100 milhões para os cofres públicos. Os presidentes da Câmara e do Senado estão dispostos a ocupar a primeira semana de votações com um projeto que pode frear os gastos das convocações extraordinárias do Legislativo: o fim do pagamento adicional e a redução do recesso parlamentar.
No Senado, está pronta para votação no plenário uma proposta de emenda constitucional que tramita desde 2000. Até a sexta-feira passada, 79 dos 513 deputados e seis dos 81 senadores preferiram devolver ou doar os R$ 25,6 mil extras. A decisão dos presidentes vai expor os demais parlamentares, que terão de declarar o voto.
— Se votarmos apenas esse projeto durante a convocação, já teremos feito muito — tem dito o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Nesta segunda, a sessão do Senado será não deliberativa, ou seja, será destinada a pronunciamentos dos senadores. As votações têm início nesta terça com a pauta do Senado trancada por quatro medidas provisórias (MPs), que têm prioridade de votação sobre quaisquer outras matérias.
Na Câmara, o presidente Aldo Rebelo (PCdoB-SP) pretende pôr em pauta, na Comissão de Constituição e Justiça, medidas para moralizar as eleições e incentivar as doações oficiais às campanhas. São três propostas, com sugestões do TSE.
Nesta segunda, Aldo se reúne com os líderes partidários para definir a ordem de votação das matérias incluídas na pauta do plenário durante o período de autoconvocação do Congresso.
AGÊNCIA O GLOBO