| 04/01/2006 19h11min
O Colégio Deliberante da Fundação Ruben Berta (FRB), controladora do grupo Varig, realiza nesta quinta, no Rio, três assembléias extraordinárias que examinarão, entre outros assuntos, o plano de recuperação judicial da empresa, já aprovado na última semana pela Justiça fluminense.
O presidente do Conselho de Curadores da FRB, César Cury, informou que uma das assembléias vai discutir o processo de venda do controle das subsidiárias VarigLog e Varig Engenharia e Manutenção (VEM), adquirido numa operação emergencial no ano passado pela empresa aérea portuguesa TAP, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para evitar o arresto dos aviões da Varig nos Estados Unidos.
A segunda assembléia avaliará o projeto de recuperação do grupo Varig formulado pela Docas Investimentos, do empresário Nelson Tanure. Na terceira, serão analisadas as diferenças entre o que foi apresentado e aprovado numa assembléia do Colégio Deliberante e em outra no Conselho de Credores.
César Cury não quis entrar em detalhes sobre o plano de recuperação da Varig, diante da realização das assembléias extraordinárias da FRB. No Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a assessoria de imprensa informou que o plano, uma vez aprovado pelo Colégio Deliberante, terá dois anos para ser executado. A Justiça fará o acompanhamento de todas as etapas previstas.
O cumprimento das normas e padrões de segurança de vôos, exigidos pela International Air Transport Association (IATA), que regulamenta os padrões operacionais da indústria mundial de aviação civil, levou a Varig a receber, mais uma vez, a certificação de excelência válida para 2006, concedida por aquela entidade. A informação foi dada nesta quarta, no Rio, pela assessoria de imprensa da Varig.
O certificado será exigido pela IATA de todas as suas associadas a partir de 2007, informou a assessoria, com base em boletim publicado pela entidade internacional. Para receber o certificado, a Varig foi submetida a oito auditorias que verificaram, entre outras informações, a estrutura administrativa e organizacional da companhia, programas de manutenção das aeronaves, treinamento e seleção dos empregados, entre outros fatores.
Segundo a assessoria, o programa de auditoria de segurança de vôos da IATA é adotado também pela entidade reguladora de aviação civil dos Estados Unidos (Federal Aviation Administration) e por todas as companhias que integram a Star Alliance. Criada em 1997, a Star Alliance foi a primeira aliança global de empresas aéreas. Entre seus membros estão a Air Canada; a Air New Zealand; a Lufthansa; a Singapore Airlines; a Spanair, a TAP; a United; a US Airways e a Varig. A South African Airways e a Swiss serão integradas no primeiro semestre deste ano. As empresas integrantes da aliança oferecem mais de 15.000 vôos diários para 790 destinos em 138 países.
AGÊNCIA BRASIL