| 22/12/2005 12h40min
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com leve valorização nesta quinta, depois de uma abertura levemente negativa. Às 12h12min, o Índice Bovespa tinha 33.628 pontos, com valorização de 0,33%. Os negócios somavam R$ 131 milhões. O dólar à vista subia 0,48%, a R$ 2,316 na compra e R$ 2,318 na venda.
Os mercados reagiram sem muito sobressalto à ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada no início do dia. A leitura do documento levou à interpretação de que o conservadorismo do Banco Central vai continuar em janeiro.
Para Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin, é provável que em janeiro o Copom irá reduzir a taxa Selic em 0,75 ponto percentual em janeiro. O corte maior estaria bem mais ligado ao fato de as reuniões do Copom passarem a ocorrer a cada 45 dias em 2006, e não a cada 30 dias, como ocorria até agora.
– A ata deixa claro que a intenção do BC é promover um corte profundo na Selic, levando a taxa aos menores patamares desde o Plano Real. Mas não se sabe em quanto tempo isso acontecerá, uma vez que o BC continuará com a trajetória de cortes graduais da taxa – disse Campos Neto.
Mesmo em queda pequena, a Bovespa ameaça bater novo recorde histórico de pontos hoje. O Ibovespa já opera nas máximas do ano, mas precisa sustentar o atual patamar até as 18h. A proximidade do final do ano já reduz a liquidez de alguns ativos e a expectativa é de que a sexta já seja considerada "morta" nos mercados.
No câmbio, o Banco Central permanece firme, embora não tão agressivo. Ele oferta 8.400 contratos de swap reverso até as 13h, o que deve garantir leve pressão sobre o dólar. A oferta é um pouco maior que a dos dois últimos dias. No mercado de juros futuros, as taxas apresentam leve alta, se ajustando à ata do Copom.
Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores altas são de Light ON (+2,68%) e Copel PNB (+1,95%). As quedas mais significativas do índice são de Embraer ON (-1,10%) e Aracruz PN (-1,06%).
AGÊNCIA O GLOBO