| 14/12/2005 00h
Há exatos 30 anos, no dia 14 de dezembro de 1975, o Colorado entrava para a seleta galeria dos campeões brasileiros. Até aquele momento, o Brasileirão, criado em 1971, tinha apenas três vencedores – Atlético-MG, Palmeiras e Vasco.
O clube gaúcho montou uma equipe que dava gosto de se ver em campo. Um ano antes da grande conquista, o Colorado trouxe do Fluminense o ponta-direita Lula e do Nacional, do Uruguai, veio o goleiro Manga. No ano da grande façanha, a diretoria colorada contratou o centroavante Flávio Bicudo. A zaga era chefiada pelo maior ídolo da história do Inter. Elias Figueroa jogava no Colorado desde 1972.
A campanha da equipe comandada por Rubens Minelli foi praticamente impecável. Em 29 jogos, foram 18 vitórias, oito empates e somente três derrotas. O time balançou as redes 51 vezes, e sofreu apenas 12 gols.
Uma das semifinais da competição marcou o encontro entre Fluminense e Inter. O time carioca contava em seu elenco com craques como Roberto Rivelino e Paulo César Caju, mas não resistiu ao envolvente jogo do Colorado. O time gaúcho mostrou sua força e calou a torcida do time carioca, que lotava o maior estádio do mundo, vencendo por 2 a 0. Os gols foram marcados por Lula e Carpeggiani.
A final, disputada em um Beira-Rio lotado por mais de 80 mil torcedores, foi contra o Cruzeiro. O único gol da partida foi marcado por Elias Figueroa, aos 11 minutos do primeiro tempo, em uma jogada que ficou marcada na história do clube pela importância e também pela beleza plástica do lance. Após cobrança de falta de Valdomiro, que ele mesmo havia sofrido de Piaza, o zagueiro chileno saltou na grande área, iluminado pelo único feixe de luz solar em todo o campo – o restante estava sob a sombra das nuvens – e mandou a bola para dentro.
O gol iluminado marcou uma nova era de conquistas para o futebol gaúcho. O Inter era o primeiro clube do Sul do Brasil a conquistar o Brasileirão.