| 13/12/2005 09h32min
O relator do Orçamento da União, deputado Carlito Merss (PT-SC), disse hoje que não há necessidade da convocação extraordinária do Congresso Nacional. Em entrevista ao programa Atualidade da Rádio Gaúcha, o parlamentar revelou que o texto deve ser votado na próxima terça na Comissão de Orçamento e pode ir ao plenário no dia 22.
– Achei estranha essa discussão (sobre a convocação). Não é necessária. O Orçamento deste ano está mais adiantado na comparação com o ano passado – compara.
Em 2004, a matéria foi aprovada em 29 de dezembro. Merss lamentou o fato da oposição atrapalhar a votação do Orçamento. O assunto inclusive será debatido hoje entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), durante um encontro. O funcionamento Conselho de Ética e das CPIs também será analisado.
– É um prejuízo ao país ficar sem Orçamento. Para cada investimento, o governo terá que editar uma medida provisória. Utilizar a Comissão de Orçamento para o debate político não é bom para o país – alertou.
Sobre o salário-mínimo, Merss voltou a defender um valor a partir de R$ 340. A proposta inicial do Executivo para 2006 é de R$ 321. O aumento para R$ 340 representa um custo extra de R$ 3 bilhões para a Previdência Social.