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 | 12/12/2005 16h45min

Preocupação com pobres pautará debates de Hong Kong

Chefe do Executivo de Hong Kong, Donald Tsang, abre a conferência da OMC

A situação dos países mais pobres e menos desenvolvidos será a preocupação nos debates que de amanhã, terça-feira, até 18 de dezembro acontecerão em Hong Kong com os ministros do Comércio de 149 países de todo o mundo.

Existem idéias divergentes quanto à maneira de ajudar essas nações a melhorarem sua economia através da liberalização dos intercâmbios comerciais. Os países desenvolvidos pedem a nações em desenvolvimento, mas grandes potências comerciais como o Brasil e Índia, que também cooperem.

A sexta conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) será aberta com uma declaração do chefe do Executivo de Hong Kong, Donald Tsang, seguida por discurso do secretário de Comércio e presidente da reunião, John Tsang.

Após os chineses, falarão o diretor-geral da OMC, o francês Pascal Lamy, e a presidente do Conselho Geral do organismo multilateral, a embaixadora queniana Amina Mohammed.

Também está previsto que Supachai Panitchpakdi, secretário-geral da Conferência da ONU para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) e antecessor de Lamy na direção da OMC, discurse representando Kofi Annan, secretário-geral da ONU, que não foi a Hong Kong.

Lamy, que passará por sua primeira prova de fogo como mediador na reunião da capital asiática, insistiu hoje que os países têm de aproveitar a ocasião para construir o alicerce para as negociações que serão concluídas em 2006.

A reunião de Hong Kong foi concebida, a princípio, para definir os acordos-modelo, conhecidos como modalidades, sobre o comércio de produtos agrícolas, acesso a mercados para bens industriais, serviços ou desenvolvimento. Mas as enormes divergências entre os países fizeram com que essas metas fossem adiadas para 2006.

A rodada do Desenvolvimento de Doha foi lançada em 2001. Com ela, pretende-se que os principais beneficiários do processo de liberalização mundial do comércio sejam os países em desenvolvimento.

De acordo com fontes diplomáticas, é necessário que saiam de Hong Kong princípios mínimos para abordar as discussões dos próximos meses.

Os países em desenvolvimento defendem que os mais ricos e industrializados abram seus mercados agrícolas, e as nações mais desenvolvidas querem em troca ofertas generosas em acesso a mercados para produtos não-agrícolas e serviços.

As nações mais ricas insistem que as economias em desenvolvimento onde o comércio se transformou no promotor de impressionantes crescimentos do produto interno bruto como ocorre com o Brasil e Índia devem se esforçar. E reforçam que já dispõem de programas que permitem aos produtos dos países menos desenvolvidos entrarem com tarifas zero em seus mercados.

AGÊNCIA EFE
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