| 30/11/2005 17h53min
Em visita ao Brasil para participar do II Fórum Internacional de Futebol, o técnico da seleção portuguesa, Luiz Felipe Scolari, avisou que pretende levar sua equipe o mais longe possível na Copa do Mundo em 2006. O treinador não teme o confronto contra o Brasil.
– A melhor colocação de Portugal foi em 1966, um terceiro lugar. Depois foi somente em 2004, quando fomos vice-campeões da Eurocopa. No mundial sonhamos em chegar mais longe, quem sabe na final – avisou o treinador, animado com a classificação antecipada conquista com uma rodada de antecedência.
– O povo em Portugal quer ser campeão. No mercado, na rua, eles me param e pedem isso. Nós também queremos isso. Porém, há equipes de mais qualidade que a nossa. Minha idéia inicial é ficar entre os oito melhores, chegar às quartas-de-final – disse.
Para Scolari não existe uma seleção considerada imbatível.
– A partir de um momento, o mundial se transforma num mata-mata e quem cometer erros pode ser eliminado. Existem outras grandes seleções além do Brasil, como a Inglaterra, a Itália e os donos da casa, a Alemanha – ressaltou.
– A seleção portuguesa não tem craques, mas tem um conjunto. E o nosso objetivo, a nossa meta e fazer este conjunto vencer, fazer o melhor por Portugal – justificou, lembrando que as cobranças existem assim como quando foi treinador da Seleção Brasileira. – É praticamente a mesma coisa, porque convoco jogador A e não B. Muda apenas a forma de perguntar, o restante é tudo igual. O estresse é o mesmo e o nível de cobrança também. Porém, estou feliz lá, convivo como uma grande família, assim como foi aqui – esclareceu.
Passada a Copa do Mundo, os planos de Felipão devem permanecer voltados para a Europa. O treinador adiantou que não pretende voltar ao Brasil e que já recebeu propostas de clubes e seleções européias.
– Nada projetado ainda para o pós-Copa. Minha intenção é permanecer na Europa, em algum clube talvez. Já existe uma proposta, mas ainda é só uma conversa. Tudo vai depender dos resultados obtidos no Mundial. Mas ainda pode existir a possibilidade de eu permanecer no comando da seleção portuguesa – completou.
AGÊNCIA PLACAR