| 25/11/2005 09h52min
Apesar da não comunicação oficial de restrições comerciais, a Argélia proibiu a entrada de carne bovina do Brasil. O motivo é o mesmo que já levou 51 nações a não querer o boi brasileiro na mesa: focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul. A medida se estende a todo o país.
Para reverter o ministério da agricultura enviou uma missão a Argel para uma semana de tratativas com as autoridades sanitárias locais. A expectativa é de que o embargo se limite às áreas com incidência da doença.
Estão confirmados 25 focos em três municípios sulmatogrossenses (Eldorado, Japorã e Mundo Novo; outros dois, Iguatemi e Itaquiraí estão interditados). Mais de 14 mil animais foram sacrificados até o momento.
– A partir dos dados que repassamos sobre o controle e localização do foco de aftosa no Mato Grosso do Sul, a impressão que temos é de um resultado favorável – declara, otimista, o assessor da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio da pasta, Lino Colsera, que chefiou a missão.
A decisão pela redução do embargo deverá ser tomada pelo ministro da Agricultura da Argélia. Durante a presença da missão brasileira em Argel, ele participava da reunião anual do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em Roma.
No ano passado, o Brasil exportou US$ 62 milhões em carnes para a Argélia, mas o potencial é muito maior.
– Não existem outros fornecedores com a mesma capacidade de produção do Brasil – explica Lino.
Argentina e Estados Unidos são os principais concorrentes da carne brasileira na disputa pelo mercado argelino.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA