| 17/11/2005 16h26min
A companhia aérea Varig teve prejuízo de R$ 384,2 milhões no terceiro trimestre deste ano, contra lucro de R$ 261,8 milhões no mesmo período de 2004. No acumulado do ano, até setembro, houve prejuízo de R$ 778,1 milhões, 155% maior que o do mesmo período do ano anterior.
A companhia teve receita líquida de R$ 1,8 bilhão no terceiro trimestre, com baixa de 17,7%, devido à expansão da frota de aeronaves. Segundo a empresa, o "market share" (fatia de mercado) da Varig no trimestre representou 27,76%.
Na última quarta, dia 9, o juiz Robert Drain, da Corte de Falências de Nova York, prorrogou até o dia 21 de dezembro a liminar que proíbe o arresto de até 40 aviões da Varig pelas empresas de leasing dos EUA.
O plano emergencial para salvar a empresa brasileira, no qual o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financia dois terços do valor da venda das
sabsidiárias VarigLog (cargas) e VEM (manutenção) por um
grupo de investidores liderados pela empresa portuguesa TAP, resultou no pagamento do leasing, de US$ 62 milhões.
Desde junho a empresa está em processo de recuperação judicial, mecanismo da nova lei de falências brasileira, para sair de sua crise.
No entanto, se até o dia 21 de dezembro a companhia aéra não começar a pagar seus credores, o juiz Drain, da corte de falências norte-americana, pode ordenar o recolhimento judicial das aeronaves.
Durante décadas a varig foi líder absoluta do mercado brasileiro de aviação. Nos últimos meses caiu para a terceira posição com 27,76% do total de passageiros transportados em vôos internos, mas ainda mantém a liderança nos internacionais.