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 | 15/11/2005 20h38min

Ministério não vai obrigar SC a vacinar rebanho

Ministro Roberto Rodrigues participou de seminário em Florianópolis

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, afirmou nesta terça que não vai interferir na decisão do governo de Santa Catarina de não vacinar o rebanho contra a febre aftosa. Rodrigues disse que apenas os estados que vacinam periodicamente estão sendo orientados a manterem o procedimento.

O Estado não aplica a vacina contra a febre desde 2000 e está sendo pressionado, principalmente do Rio Grande do Sul, para imunizar 3,2 milhões de cabeças. O governo alega que o gado sem vacinação garante um status diferenciado e facilita as negociações com o mercado externo nos contratos de exportação.

O ministro Roberto Rodrigues esteve na Capital para participar da abertura do Seminário Tendências do Cooperativismo Contemporâneo e foi pressionado para encontrar uma solução à greve dos fiscais agropecuários federais.

A paralisação dos servidores já compromete o embarque de carne nos portos e, segundo o secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, algumas empresas podem começar a represar o abate nesta semana. O secretário também recebeu do ministro a confirmação do repasse da segunda parcela de um convênio de R$ 732 mil, destinado ao pagamento de diárias, combustível, alimentação e hospedagem das equipes envolvidas nas operações de defesa sanitária.

Nos últimos três anos o Estado gastou R$ 75 milhões nessa atividade, mas recebeu apenas R$ 760 mil do governo federal. Rodrigues estimou em R$ 300 milhões o prejuízo para este ano com o embargo às carnes brasileiras por conta do foco de febre aftosa detectada no Mato Grosso do Sul.

DIÁRIO CATARINENSE
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