| 15/11/2005 09h35min
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, retorna a Brasília nesta quarta após uma folga prolongada e terá uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro, previsto na agenda oficial do presidente, está agendado para as 16h30min. Pela manhã, Lula terá reunião de coordenação com os ministros para analisar a conjuntura política. Na sexta-feira, Palocci comunicou ao presidente Lula que iria se afastar por quatro dias, aproveitando o feriado dessa terça-feira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o feriado para se reunir com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Foi discutido o impacto no mercado financeiro da possível saída de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda.
Embora tenha analisado no final de semana alternativas para a possibilidade de o ministro vir a deixar o governo, o presidente está operando pessoalmente para assegurar sua permanência na Fazenda. Lula decidiu jogar todas as fichas no depoimento dele
à Comissão de Assuntos
Econômicos do Senado, dia 22. Depois de uma conversa telefônica com o ministro, ontem, Lula convenceu-se de que Palocci irá rebater todas as acusações.
O Planalto tenta adiar o depoimento de Antonio Palocci agendado para a tarde de amanhã na comissão especial da Câmara que analisa a emenda constitucional que institui o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). A estratégia governista é deixar o depoimento para depois do dia 22, quando o ministro da Fazenda deverá ir ao Senado para depor à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Se não der certo, a alternativa é enviar como substituto o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, também convocado.
Teoricamente, Palocci está sendo convocado para falar sobre educação. Os integrantes da comissão querem inquiri-lo, entre outros pontos, a respeito do aporte que a União fará ao Fundo ou sobre a oposição da Fazenda para que crianças menores de quatro anos de idade tenham direito a creche gratuita. Mas nada impede que outros temas sejam abordados. Os líderes partidários, por exemplo, têm direito à palavra e podem enveredar por temas como a política econômica ou as suspeitas de corrupção que pesam sobre o ministro e ex-assessores dele em Ribeirão Preto (SP).
AGÊNCIA O GLOBO E ZERO HORA