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Sentados à mesma mesa, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e os primeiros-ministros de Israel, Ariel Sharon, e da Palestina, Mahmoud Abbas, deram início nesta quarta, dia 4, a um dos mais esperados encontros sobre o Oriente Médio da história. Depois de alguns acenos positivos do lado israelense e palestino, a implantação de um plano de paz passou a ser vista como provável na tensa região.
Bush, em Áacaba, na Jordânia, tem o papel de mediar as discussões sobre as propostas elaboradas em conjunto por EUA, Rússia, União Européia e Organização das Nações Unidas (ONU). O "mapa da paz" pretende dar fim a 32 meses de violência, nos quais mais de 2,7 mil pessoas morreram.
Israelenses e palestinos devem acertar os relógios para a adoção de medidas mútuas, as quais objetivam construir o Estado Palestino até 2005 e garantir a segurança de Israel. O "mapa da paz" exige que Israel desmantele assentamentos judaicos construídos em terras palestinas e pede que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) combata o terrorismo.
Ariel Sharon chegou ao balneário de Áacaba prometendo anunciar o desmantelamento de 10 assentamentos judaicos ilegais na Cisjordânia. A medida será o primeiro movimento em direção à paz no encontro.
– Israel tem suas responsabilidades e deve lidar com a questão dos assentamentos. Israel deve deixar claro que há um território contínuo que os palestinos possam chama de lar – comentou o presidente Bush.
Nessa terça, o governo israelense libertou Ahmad Jbarah, 67 anos, o prisioneiro palestino detido por mais tempo no país. O militante de cabelos brancos, conhecido como “o bombardeador gelado”, e mais cem outros presos ganharam a liberdade como um gesto de boa vontade.
Do outro lado, o premiê da ANP, Mahmoud Abbas, deverá confirmar que os palestinos estão prontos para implantar imediatamente o novo plano de paz para o Oriente Médio. Abbas instará os militantes radicais palestinos a deporem suas armas a continuarem por meios pacíficos a luta pela independência.
– Implementaremos (o plano de paz) firmemente e sem condições. Começaremos imediatamente. Exerceremos esforços plenos para pôr fim à militarização da intifada. A intifada armadas deve terminar e devemos recorrer a meios pacíficos para atingir nossas metas – assegurará o palestino.
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