| 03/04/2003 18h47min
O ministro da Informação iraquiano, Mohammed Saeed al-Sahaf, acusou nesta quinta, dia 3, as forças anglo-americanas de terem utilizado bombas de fragmentação em ataque no bairro Douri em Bagdá. Na ofensiva, teriam morrido 14 pessoas e outras 66 ficaram feridas. Os Estados Unidos admitiram que usaram esse tipo de projetil nos ataques ao Iraque. A Grã-Bretanha declarou que possui tais bombas no arsenal, mas não as teria utilizado em áreas construídas.
Cada bomba de fragmentação contém 200 pequenas esferas explosivas que podem se espalhar por uma área equivalente à área de dois campos de futebol. A maior parte das esferas explode ao contato, e elas têm capacidade de perfurar seis milímetros de aço. As controvertidas armas lançadas pelos B-52 são versões novas e atualizadas de antigas munições, adaptadas para corrigir desvios causados pelo vento e pelas condições climáticas, para obter maior precisão. Depois de lançadas, elas se abrem no ar e dispersam as pequenas esferas explosivas em pára-quedas. Os pacotes de esferas explosivas foram projetados para atingir seus alvos com mais precisão.
Os grupos de defesa dos direitos humanos temem que elas em breve venham a superar as minas terrestres como o mais letal dos legados da guerra. Segundo a Anistia Internacional, pelo menos 5% das esferas explosivas não detonam ao impacto.
– O uso de bombas de fragmentação em ataques a áreas civis em Hilla constitui ataque indiscriminado e grave violação das leis humanitárias internacionais – afirma a organização internacional em comunicado.
Em um hospital da cidade medieval de Hilla, o Dr. Sadid Moussawi disse que 33 civis iraquianos haviam sido mortos e mais de 300 feridos em ataques aéreos norte-americanos com bombas de fragmentação.
Segundo as autoridades dos EUA, as bombas não serão utilizadas contra civis. Na quarta, militares norte-americanos disseram que os bombardeiros B-52 haviam lançado novas bombas de fragmentação de 454 quilos, com orientação de precisão, contra tanques iraquianos postados em defesa de Bagdá. As informações são da agência Reuters.
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