| 30/06/2005 08h52min
O sucesso na Itália não trouxe esperança para Diogo. Duas semanas depois de chegar a Porto Alegre com o título de melhor jogador do Torneio Angelo Dossena, o atacante mostra desalento. Avalia como remotas as chances de ser titular do Inter e espera uma proposta do Exterior para seguir a carreira.
O procurador de Diogo, Gilmar Veloz, está na Itália. Na terça-feira, conversou com o pai do jogador, João Carlos, e repassou boas notícias. Por enquanto, inexiste proposta oficial. Mas a perspectiva de se transferir para lá são excelentes. Diogo aproveitou a oportunidade no Inter B e acabou o torneio incensado.
O atacante se destacou, principalmente, nos jogos da semifinal e da final, quando o estádio de Crema parecia um encontro de agentes Fifa. Depois da decisão, ainda em meio à festa, um deles abordou Diogo. Apresentou-se como representante da Atalanta, de Bérgamo, colocou algumas questões básicas e deixou-lhe um cartão. Diogo, por sua vez, repassou o telefone de Veloz para futuros contatos.
– Analisando bem, será difícil jogar aqui. Há muitos jogadores de boa qualidade na minha frente. O espaço está pequeno e, como fiz um bom torneio na Itália, pode aparecer alguma proposta – disse ontem (quarta), exibindo maturidade para seus 20 anos.
Essa expectativa foi um dos motivos pelos quais Diogo recusou a proposta do Paysandu. Ele e o pai preferiram esperar a se transferir para Belém. Além do mais, os paraenses ofereceram proposta salarial menor do que recebe no Inter.
– Tenho que jogar, já estamos em junho e daqui a pouco passa outro ano nesta situação – resume Diogo.
João Carlos define este momento como crucial na carreira do filho. Há três anos entre os profissionais, ele jogou cinco partidas como titular. Neste primeiro semestre, ganhou espaço com Muricy Ramalho e figurou, ao menos, no banco de reservas. A partir de maio, porém, perdeu espaço e reforçou o Inter B. Tratou de mostrar serviço para aparecer. Como Muricy deixou evidente a preferência por jogadores tarimbados e por Rafael Sobis, a família decidiu que é momento de buscar novos ares.
– O negócio é o Diogo sair para aparecer. Se não for agora, veremos em janeiro. Ele acredita no talento dele, mas há vários jogadores na função – avisa João Carlos.
A mesma posição também vale para Diego. Embora esteja em estágio mais avançado, a família entende como oportuna a saída caso surja alguma boa proposta. Diego atravessa momento de instabilidade e também perderá espaço com os retornos de Michel e Rafael Sobis na próxima semana.
– É quase a mesma situação – compara João Carlos.
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