| 27/06/2008 20h39min
Desde que chegou ao Avaí, o meia Juliano não teve vida fácil. As boas atuações no Estadual logo foram barradas pela tramitação de um processo na Justiça do Trabalho contra o Coritiba, clube em que atuou por empréstimo do Sertãozinho. Foram quase três meses sem poder atuar pelo time, quando, na Série B, o jogador voltou a ter chances de mostrar seu futebol. A entrada em campo no último dia 24, no duelo contra o Ceará, no entanto, trouxe à tona outro problema de Juliano no Avaí: a simpatia, ou a falta dela, por parte da torcida.
A história começou no jogo com o Metropolitano, pelo Catarinense. Juliano anotou o primeiro para o Leão, porém, perdeu um pênalti, aos 26, quando o adversário vencia por 2 a 1. Quatro minutos depois, o meia recebeu na entrada da área e chutou de primeira, marcando o gol e fazendo gestos ofensivos para alguns torcedores durante a comemoração.
A torcida, que demonstrou não ter esquecido o fato do Estadual, vaiou o meia quando este substituiu Válber no jogo contra o Ceará. Juliano, apesar de triste, há muito tempo afirma seu carinho pelo clube e disse que as vaias não fazem com que ele perca a concentração na partida.
— Fico chateado porque estávamos em um jogo difícil, com um placar apertado. Errei dois passes seguidos e a torcida começou a vaiar. Eu fico triste, mas não dá para perder a concentração e dar ouvidos, às vezes o jogador cai nessa de ouvir as vaias e se perder em campo. Continuei jogando, chutei duas bolas e quase marquei gol. Tenho que estar sempre concentrado nas quatro linhas e foi o que eu tentei fazer.
Outro obstáculo para conquistar os torcedores azurras é a posição em que Juliano joga. Para que entre em campo, geralmente quem sai é Válber, um dos principais jogadores do plantel e com grande apoio da torcida.
— Todos hoje sabem que o Válber é nosso grande jogador. A presença dele pode decidir um jogo. Eu sou um jogador que tenho características bem diferentes das dele. Quando eu entro, procuro fazer o que eu tenho de bom, que são as cobranças de falta, os chutes a gol, os passes. Não sou um jogador que arma jogadas como ele. É um grande jogador, mas tenho que procurar entrar e dar meu máximo, já que a disputa de vagas é acirrada — completou Juliano, que espera contar com o apoio dos torcedores nas próximas partidas em casa.
O grupo avaiano recebeu folga na tarde desta sexta-feira e também terá dois dias de descanso no final de semana. A reapresentação será na segunda-feira de manhã, quando a equipe começa a preparação para enfrentar o Bahia, na sexta-feira, dia 4 de julho, às 20h30min, fora de casa.
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