Após a longa viagem de mais de sete horas, de Porto Alegre até Campina Grande, com escalas em São Paulo e Recife, a delegação do Inter já está na região onde deflagra mais uma campanha de Copa do Brasil em sua história.

Os jogadores treinaram e pernoitaram na cidade, mas nesta quarta-feira seguem de ônibus mais 180 quilômetros até Patos, onde enfrenta à noite o Nacional. Foram 3.253 quilômetros percorridos.

A ordem é repetir 1992 e, assim, voltar à Libertadores na temporada de 2009, ano do centenário do clube. Passando pelo Nacional, o Inter enfrentará Chapecoense (SC) ou Guarani (SP) na segunda fase — no jogo de ida, em Chapecó, o time da casa bateu o Guarani por 3 a 1.

O discurso dos jogadores, ainda sonolentos, no embarque às 7h30min de ontem, era de utilizar as experiências de Libertadores, Mundial, Recopa e Copa Dubai. A idéia é ser pragmático, nem que seja começar vencendo por um singelo 1 a 0 em Patos.

— Vamos enfrentar o Nacional preparados para dois jogos. Somos um dos favoritos à Copa do Brasil, mas sem afobações. Qualquer vitória fora de casa será fundamental — analisou Alex.

— Pela grandeza do Inter, devemos voltar classificados, mas essas equipes pequenas sempre jogam motivadíssimas, pois querem disputar uma segunda partida e tentar a vaga — completou Edinho.

Ainda que ao retornar da Paraíba — depois de uma peregrinação de 6.704 quilômetros de viagem — o Inter tenha de encarar mais 393 quilômetros até Bagé, para enfrentar o Guarany, no domingo, os jogadores não parecem preocupados. Sabem que se a partida diante do Nacional for desgastante, a maioria será poupada de atuar no fim de semana.

— Agora é hora de pensar exclusivamente na Copa do Brasil. É claro que também queremos o Gauchão, e ele não será deixado em segundo plano, mas o clube está fazendo um esforço muito grande para voltar logo à Libertadores — comentou Índio, que poderá ser mantido na zaga, ao lado de Orozco.