| 08/01/2008 15h10min
O Rio de Janeiro apenas oficializou nesta terça-feira a sua candidatura para receber os Jogos Olímpicos de 2016, mas os primeiros custos começam a aparecer mesmo a oito anos do início da competição. Mas mesmo que a capital fluminense são seja eleita pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), o Autódromo de Jacarepaguá será demolido para a construção de um centro olímpico de treinamento.
De acordo com Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o centro de treinamento é uma das obras prioritárias. Se tudo correr conforme as esperanças do mandatário, a nova obra se tornará um dos mais importantes da América do Sul, independentemente de o Rio receber as Olimpíadas.
– Mesmo que não sejamos a sede dos Jogos de 2016, o Centro Olímpico Nacional de Treinamento será construído no local onde se encontra o Autódromo de Jacarepaguá, em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro – anunciou Nuzman. – Esse local será referência na América do Sul no que diz respeito ao treinamento de atletas de alto nível – emendou.
No entanto, o presidente do COB salientou a importância da construção de um centro para embasar uma possível escolha do Comitê Olímpico Internacional (COI), em outubro de 2009.
– Esse centro será parte dos 20% das instalações que serão construídas no Rio de Janeiro, independentemente da candidatura. O Rio já possui 56% das instalações necessárias. Além disso, mais 24% serão temporárias apenas para os Jogos Olímpicos – alertou.
Novo autódromo no Rio
De acordo com Nuzman, o fim o Autódromo de Jacarepaguá não deverá ser dificultado pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).
– Conversamos com o presidente Paulo Enéas Scaglione e ele se comprometeu a assinar um contrato no qual libera a transferência do autódromo para um outro local no Rio de Janeiro – comentou o mandatário do COB, que garantiu que o Rio não ficará sem um circuito. – Dois outros lugares já estariam sendo pensados para a construção de outro autódromo – confirmou.
O Autódromo de Jacarepaguá foi inaugurado em 1977, com um traçado de pouco mais de 5 km – praticamente o mesmo até hoje em dia. Após viver dias de glórias e receber inclusive provas de Fórmula-1 no final da década de 70 e ao longo da seguinte, acabou perdendo prestígio.
O circuito chegou a mudar de nome. Inicialmente inaugurado como Autódromo da Cidade do Rio de Janeiro, recebeu o nome de Nelson Piquet em referência ao tricampeão mundial de F-1, que venceu os Grandes Prêmios de 1983 e 1986 no traçado carioca.
O piloto ue mais venceu em Jacarepaguá, no entanto, foi o francês Alain Prost, com cinco troféus (82, 84, 85, 87 e 88). O argentino Carlos Reutermann triunfou nas duas primeiras edições do GP, em 78 e 81. O último a vencer no Rio foi o inglês Nigel Mansell, em 1989.
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