| 17/08/2007 18h09min
O presidente do Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina, José Carlos Rauen, estava em Lima no momento do terremoto que atingiu o Peru nesta quarta-feira. Ele retornou a Florianópolis nesta sexta-feira e falou sobre o pânico vivido no país vizinho.
Quando o tremor começou, Rauen e outros dez engenheiros de vários locais do Brasil, integrantes de um grupo que havia viajado ao Peru para conhecer obras de empresas brasileiras, estavam em um restaurante no Bairro Miraflores, perto de uma colina.
Ele diz que imaginou que o tremor fosse normal, mas, ao ver o dono, os garçons e os funcionários correndo para fora, saiu do local.
– O motorista da van em que estávamos disse "corram, corram, pelo amor de Deus, isso é muito perigoso" – conta.
Todos obedeceram rapidamente, e o veículo partiu em direção ao aeroporto, de onde estava previsto para sair, em poucas horas, o vôo para o Brasil. O trecho, que costuma ser percorrido em 30 minutos, levou três horas.
Ao chegar ao aeroporto, mais confusão. O local é conhecido por ser aparelhado contra terremotos, então muita gente foi para lá. Os vôos estavam suspensos enquanto as autoridades verificavam se havia rachaduras na pista, e os brasileiros foram orientados a pernoitar na cidade.
– Na hora, a adrenalina para fugir e sair da situação é tão grande que a gente não percebe o perigo por que passou. Lima não foi tão atingida assim, fica a 150 quilômetros de Ica, onde foi o foco principal, mas, pensando nas situações, houve vários momentos em que poderia ter acontecido algo conosco – disse Rauen.
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