| 29/07/2007 16h42min
O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, analisou neste domingo o desempenho da deleção nacional nos Jogos Pan-americanos do Rio. Para o dirigente, os resultados ficaram dentro do que era esperado pela entidade.
– Não houve surpresa. Meus cumprimentos aos atletas, às Confederações e ao departamento técnico brasileiro – disse.
O Brasil encerrou sua participação em terceiro lugar no quadro de medalhas, atingindo a meta de superar o Canadá. Em casa, o Brasil conquistou 161 medalhas - 54 de ouro, 40 de prata e 67 de bronze. Os campeões dos Jogos, mais uma vez, foram os Estados Unidos com 97 medalhas de ouro, 88 de prata e 52 de bronze. Cuba ficou logo depois com 59, 35 e 41, respectivamente.
Mais uma vez, os cubanos fizeram a diferença em esportes individuais como boxe e lutas.
No Rio, o Brasil conseguiu quebrar alguns tabus, conquistando pódio em provas e modalidades inéditas. Os destaques foram a primeira medalha de ouro da natação feminina, com Rebeca Gusmão, o bronze de Rosângela Conceição na luta olímpica e a terceira colocação em duplas no badminton.
Alguns jejuns também chegaram ao fim. Foi o caso do boxe, com o título de Pedro Lima na categoria meio-pesado. Há 44 anos, o país não ocupava o topo do pódio na modalidade. Para o superintendente técnico do COB, Roberto Perillier, os resultados refletiram o trabalho na programação de preparação.
– Todas as modalidades cumpriram quase plenamente sua programação. A natação cumpriu todo seu ciclo com treinamentos em altitude, no trabalho em distância. Assim como o judô, que das 14 medalhas conquistou 13, faltando apenas a do Canto por lesão – afirma.
Mesmo modalidades que tiveram problemas estruturais revelados durante a competição, caso do taekwondo, foram usadas como exemplo.
– O taekwondo passou um mês na Coréia e mostraram valorização nos resultados – declarou.
Apesar do elogio, Peri admitiu a precariedade estrutural apresentada pela Confederação e afirmou que os problemas serão avaliados pelo Comitê Olímpico.
Mesmo com a satisfação pelo desempenho nacional, Nuzman evitou fazer projeções para os Jogos Olímpicos de Pequim-2008.
– Faltam 365 dias, um ano. Ainda não dá para fazer projeções. Certamente isto vai acontecer mais perto dos Jogos – disse.
O ciclo pan-americano foi o primeiro no qual as Confederações dispuseram dos recursos da Lei Piva. Qualificadas como fundamentais para os avanços atingidos pelas modalidades, as verbas das loterias serão reforçadas pelo que as Confederações conseguirem acrescentar a partir da Lei de Incentivos Fiscais.
Já aprovada pelo Congresso Nacional, a lei deverá ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo promessa do Ministro dos Esportes, Orlando Silva, no início de agosto. De acordo com Nuzman, apenas após a definição dos percentuais será possível prever quanto ela auxiliará os esportes.
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