| 23/07/2007 14h44min
Levantamento feito pela Fifa em 2000 indicou que somente no Brasil, o futsal tem cerca de 12 milhões de praticantes. Em expansão contínua no mundo e esperança de medalha de ouro para o país nos Jogos Pan-Americanos do Rio, contudo, o futsal encara no evento carioca realidade de segunda linha.
– Como dizem que não somos modalidade mas subesporte, nos foi dado um piso muito prejudicial – desabafou o técnico Paulo César Oliveira, o PC, após a modesta vitória por 4 a 1 sobre a Guatemala nesta segunda-feira.
No Rio, o futsal está sendo disputado na mesma arena do Riocentro que abrigou o torneio de handebol. Ao invés do tradicional piso de madeira, característico do esporte, os jogos são realizados em superfície sintética. O revestimento não favorece e até oferece riscos aos atletas, que poucas vezes têm de atuar nestas condições, garante o treinador.
– A freqüência de atuações neste piso é nenhuma. Piso para futsal é madeira, temos histórico de lesões (no sintético) – completou.
Os jogadores também estranharam a novidade. Para o ala Falcão, o sintético compromete a dinâmica do jogo. O único que viu alguma vantagem foi o goleiro Rogério:
– Para os jogadores, a bola sai um pouco lançada, mas para o goleiro fica mais fácil. Ela vem mais devagar para a gente. Tomara que continue assim.
Se não começou bem sua história no programa pan-americano, o futsal também já sabe que terá vida curta no evento. Antes mesmo de os Jogos do Rio terem começado a Organização Desportiva Pan-americana (Odepa), já havia anunciado sua retirada da programação a partir da próxima edição, em Guadalajara, no México.
– O fato de o futsal estar saindo do programa dos Jogos já nos dá a real noção do esforço que o Nuzman (Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro) fez para que o futsal estivesse aqui – destaca PC.
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