| 23/06/2006 21h54min
O técnico Carlos Alberto Parreira começa neste sábado a preparar a Seleção Brasileira para o confronto da próxima terça contra Gana, pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo. O treinador terá três dias para solucionar as dúvidas colocadas pela atuação de luxo dos reservas na goleada por 4 a 1 sobre o Japão, além de preparar os nervos da equipe. A partir de agora, não é permitido errar.
– O jogo é só na terça-feira. Todos sabem o que têm de fazer.
Anunciarei o time apenas na véspera. Agora, é buscar concentração total e jogar tudo. Não tem saída, é mata-mata, o período mais angustiante de uma Copa do Mundo – afirmou Parreira.
Ao que tudo indica, Cicinho, Gilberto, Gilberto Silva e Juninho Pernambucano devem voltar para o banco de reservas. O mesmo não se pode dizer de Robinho. O jogador do Real Madrid foi bem nas três partidas da primeira fase, principalmente nos 90 minutos que jogou contra os japoneses, e especula-se que tenha definitivamente conquistado uma vaga no time, no lugar de Adriano.
– Robinho é mais leve, movimenta-se muito. Adriano é mais forte, é uma referência na área, é artilheiro. Os dois são ótimos. Tanto que Robinho entrou nos três jogos e Adriano em dois, até agora. Vamos pensar e fazer o que é melhor para a Seleção – disse Parreira ainda no Westfalenstadion, em Dortmund.
Ao contrário da maioria da torcida e da imprensa, Parreira ainda não se convenceu que a Seleção rende mais com Robinho em campo. Além do futebol criativo e insinuante, com o garoto em campo Ronaldo se sente muito mais à vontade, não tem de ficar desviando de Adriano, que características semelhantes às suas. Tanto que a melhor exibição de Ronaldo, contra o Japão, foi ao lado de Robinho.
De qualquer forma, Parreira diz que a decisão ainda não está tomada e, assim como no jogo contra os japoneses, deve anunciar o time horas antes do apito inicial. O certo é que Cafu e Roberto Carlos voltam a ocupar as laterais, no lugar de Cicinho e Gilberto. Já Gilberto Silva e Juninho Pernambucano correm por fora e podem aparecer no lugar de Emerson e Zé Roberto, respectivamente.
Uma bola que também já está cantada é o fato que Parreira irá evitar, ao máximo, os coletivos com a Seleção até o momento do jogo contra Gana. O técnico está dando tratamento de time VIP aos africanos, que ele conhece desde 1967, quando foi técnico da seleção do país. Na época, Parreira foi contratado pela Fifa para introduzir o futebol por lá. Seria um castigo, tantos anos depois, o mestre ser desclassificado pelos pupilos.
– Gana está estreando em Copas, mas tem uma bela seleção. Eles são técnicos, hábeis, muito fortes. Falta ainda, como em todo time africano, mais disciplina tática, mas nisso eles também evoluíram. Como é jogo de mata-mata, teremos de ter um duplo cuidado com eles. Qualquer erro poderá ser fatal – comentou o técnico brasileiro.
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