| 12/05/2006 11h04min
A idéia no Beira-Rio é de que a LDU terá problemas para jogar em Porto Alegre, em 19 de julho, assim como os jogadores colorados enfrentaram dificuldades para correr nos 2,8 mil metros de altitude de Quito. Mas não é bem assim. A maioria dos especialistas entende que a LDU não encontrará grandes obstáculos ao nível do mar.
Luiz Crescente, médico do Inter, espera uma LDU lenta no Beira-Rio, em razão da maior pressão atmosférica.
– Eles deverão sentir gramado e bola mais pesados. Com isso, o desgaste físico da LDU será maior – analisou Crescente.
Já o cardiologista e médico do esporte Ricardo Stein discorda. Segundo ele, os equatorianos poderão ter um desempenho físico até superior. Por causa do ar rarefeito de Quito, os atletas têm maior produção de hemoglobinas, o que aumenta o nível de oxigênio no sangue.
– Não vejo desvantagens para a LDU – disse o médico.
Ricardo D'Ângelo, técnico do maratonista e medalha de bronze nos Jogos de Atenas Vanderlei Cordeiro de Lima, concorda. Acostumado a treinar Vanderlei em Paipa (COL), a 2,5 mil metros de altitude, ele explica que o desempenho físico do atleta atinge o ápice na primeira semana de retorno ao nível do mar:
– Chamamos isso de doping branco, pois o organismo é 'enganado' pelo ar rarefeito e produz mais hemoglobinas que o normal, a fim de compensar a falta de ar. Isso melhora muito o rendimento – explicou.
Já o professor de Física do Unificado Felipe de Oliveira explica que a bola não ficará mais pesada, mas sim, mais lenta para os equatorianos:
– Em Porto Alegre, a resistência do ar é bem maior do que em Quito – afirmou.
LEANDRO BEHS / ZERO HORAGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.