O departamento de futebol do Juventude tentará, nos próximos dias, uma reviravolta na situação envolvendo o zagueiro Índio. Após o treinamento de quarta, no Estádio Alfredo Jaconi, o jogador afirmou estar acertado com o Noroeste, de Bauru, para a disputa do Paulistão. O vice de futebol José Antônio Boff, no entanto, é incisivo em relação ao episódio.

O zagueiro, de 31 anos, campeão da Copa do Brasil pelo clube em 1999, saiu do Jaconi no final da tarde de ontem dizendo-se magoado com o que chamou de descaso da direção Alviverde com relação à sua situação. Índio conversou com o Noroeste às vésperas do jogo com o Palmeiras, dia 16. Repassou a proposta recebida aos dirigentes do Juventude, que o pediram para aguardar. Sem definição, o jogador acertou a transferência para o interior paulista.

– Esperei até depois do jogo com o Fluminense. Tenho que pensar no meu futuro. Saio um pouco triste em razão de mais uma vez ter que deixar o clube, mas também feliz pelo carinho que os torcedores têm por mim e eu por eles. Acho que meu ciclo no Juventude ainda não se encerrou – salientou.

Boff ressaltou que o clube não procurou nenhum jogador para tratar de renovações em razão de o campeonato ainda estar em andamento, tendo o o Juventude uma partida decisiva contra o Atlético-MG, no domingo.

– Ele precipitou uma situação na semana de um jogo em que podemos atingir classificação à Sul-Americana. O Índio sabe que temos total interesse na sua permanência – garantiu.

Índio chegou ao Juventude dia 11 de agosto e ficou quase um mês treinando sob contrato de risco. Só começou a receber a partir de 3 de setembro, quando passou a ser utilizado no time titular.

– Minha contratação chegou a desencadear muita discussão entre alguns dirigentes. Sei que alguns não queriam que eu voltasse – revelou o atleta.

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